Desde o advento da vitrectomia pars plana em 1970 por Marchemer, avanços tecnológicos no desenho de instrumental cirúrgico tem produzido melhores resultados para pacientes e maior racionalização dos procedimentos operatórios. No início, por exemplo, uma cirurgia vitreorretiniana durava entre 5 e 7 horas. Com as novas tecnologias disponíveis hoje, alguns conseguimos realizar em a cirurgia em 15 minutos apenas. A última grande mudança da cirurgia vitreorretiniana é a chamada vitrectomia transconjuntival ou minimamente invasiva. Esta técnica utiliza instrumentais cirúrgicos de pequeno diâmetro, como o sistema de 25 gauge (cerca de 0,55 mm de diâmetro) ou 23 gauge (aproximadamente 0,65 mm de diâmetro).
Esses sistemas permitem realizar uma cirurgia vitreorretiniana através de um acesso transconjuntival, sem necessidade da abertura da conjuntiva e de sutura ao final da cirurgia. Num paralelo com as cirurgias do segmento anterior, é possível comparar a vitrectomia transconjuntival com o início da facoemulsificação(cirurgia de catarata). Pequenas incisões nas cirurgias de catarata proporcionaram uma revolução não apenas no aspecto do trauma cirúrgico como também nos resultados, com rápida recuperação visual. Partindo do princípio de cirurgia minimamente invasiva, vários cirurgiões de retina levantaram a questão: por que não transferir essa filosofia para o segmento posterior? Um menor trauma e tempo cirúrgico poderiam teoricamente proporcionar mais conforto para o paciente e uma melhor recuperação visual.Uma das mais inovadoras técnicas introduzidas nos últimos anos foi o sistema de vitrectomia transconjuntival desenvolvido por Fuji et al.
Por meio desse sistema, três microcânulas são inseridas na esclera via transconjuntival na região da pars plana. Os instrumentais vitreorretinianos e a linha de infusão são introduzidos através dessas cânulas para cavidade vítrea. Devido ao pequeno diâmetro de 25 gauge, a incisão sela automaticamente após a retirada do instrumental, sem a necessidade de sutura. Atualmente estamos usando sistemas ainda mais finos de 27 e de 29 gauge. Para ter uma ideia do tamanho deste material o de 27 gauge é de um diâmetro semelhante a uma agulha de insulina ou seja realizamos toda a cirurgia apenas por este pequeno orifício sem necessidade de realizar sutura e o conforto pos operatório extremamente superior aos sistemas tradicionais.
Este sistema proporciona mínimo astigmatismo pós-cirúrgico e recuperação visual nitidamente mais rápida. Apesar de o resultado no longo prazo parecer ser o mesmo, vivemos uma medicina voltada para um paciente com alto grau de exigência, tornando conforto pós-operatório e melhor recuperação visual fatores essenciais hoje O Dr. Rubens Siqueira realiza também cirurgia de mácula para diferentes doenças como membrana epirretiniana, buraco macular , edema de mácula e degeneração macular. Para degeneração macular relacionada com a idade o Dr. Rubens realiza as seguintes técnicas: cirurgia submacular , translocação de mácula e transplante autólogo do epitélio pigmentado da retina.
Veja os Vídeos.
Veja o vídeo e o trabalho publicado pelo Dr Rubens
http://www.youtube.com/watch?v=zsTz5kGWjZc
Matéria sobre o transplante da retina na revista Veja:
http://veja.abril.com.br/250407/p_097.shtml
Matéria sobre transplante de retina na Revista Universo Visual.
http://www.universovisual.com.br/publisher/preview.php?edicao=0907&id_mat=2463
Trabalho publicado pelo Dr. Rubens Siqueira nos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia sobre a técnica do transplante autólogo do epitélio pigmentado da retina.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27492009000100027&script=sci_arttext
Outras vantagens:
Este sistema proporciona mínimo astigmatismo pós-cirúrgico e recuperação visual nitidamente mais rápida. Apesar de o resultado no longo prazo parecer ser o mesmo, vivemos uma medicina voltada para um paciente com alto grau de exigência, tornando conforto pós-operatório e melhor recuperação visual fatores essenciais hoje. Transplante do Epitélio Pigmentado da Retina Dr. Rubens Siqueira foi o pioneiro em realizar esta técnica no Brasil em 2007 e foi vencedor do premio no Congresso Brasileiro de Prevenção da cegueira mostrando o vídeo desta cirurgia.
A técnica consiste em retirar células do próprio paciente de uma área sadia da retina e transplantar para a área doente ( na região da mácula) com a degeneração na tentativa de reposição das células.
Como as células são retiradas do próprio paciente não ha risco de rejeição das células implantadas , entretanto existe o risco da cirurgia em si como qualquer outro procedimento cirúrgico de vitrectomia .
Os casos deverão ser previamente analisados para estudar a viabilidade deste procedimento.
Algumas Publicações do Dr Rubens Siqueira relacionadas ao tema:
1) SIQUEIRA, R. C. . Autologous transplantation of retinal pigment epithelium in age related macular degeneration. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, v. 72, p. 123-130, 2009.
2) SIQUEIRA, R. C. ; Rodrigo Jorge ; GIL, A. D. C. ; Canamary F ; Minari M . Pars plana vitrectomy and silicone oil tamponade for acute endophthalmitis treatment.. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, v. 72, p. 28-32, 2009.
3) SIQUEIRA, R. C. ; Rodrigo Jorge ; Canamary F . Intravenous sodium fluorescein enhances the visibility of vitreous during vitrectomy surgery for diabetic retinopathy. Revista Brasileira de Oftalmologia , v. 67, p. 184-187, 2008.
4) SIQUEIRA, R. C. ; DALLOUL, C. ; Rodrigo Jorge . Vitrectomy with and without scleral buckling for retinal detachment. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia , v. 70, p. 298-302, 2007..
5) Rodrigo Jorge ; GOMES, A. V. ; SIQUEIRA, R. C. ; Rogerio Costa ; Scott IU . 20-gauge transconjunctival pars plana vitrectomy. Ophthalmic Surgery, Lasers & Imaging , v. 38, p. 342-344, 2007.
6) SIQUEIRA, R. C. ; Rodrigo Jorge ; Scott IU . Transconjunctival retinopexy with active external drainage of subretinal fluid: a prospective pilot study of eight consecutive cases. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia , v. 70, p. 573-576, 2007.
7) SIQUEIRA, R. C. ; GIL, A. D. C. ; Rodrigo Jorge . Retinal detachment surgery with silicone oil injection in transconjunctival sutureless 23-gauge vitrectomy. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia , v. 70, p. 905-909, 2007.
8) SIQUEIRA, R. C. ; Daniel da Rocha Lucena ; Rodrigo Jorge ; José A Cardillo ; DALLOUL, C. . Vitrectomia Sob Alta Pressão Com Retinotomia Puntiforme. Revista Brasileira de Oftalmologia , v. 65, p. 36-42, 2006.
9) Rodrigo Jorge ; SIQUEIRA, R. C. ; José A Cardillo ; Rogerio Costa . Fragmatome lifting: surgical option for intraocular lens and foreign body removal.. Ophthalmic Surgery, Lasers & Imaging , v. 36, p. 261-264, 2005.